Meu discurso na simulação da COP-15, no SIMA.

15 08 2010

SIMA é um modelo de simulação baseado no trabalho de delegados que trabalham na àrea de Relações Internacionais. Nesse tipo de simulação, você deve incorporar a sua personagem, de acordo com seu país ou ONG, em alguma conferência aleatória que tenha ocorrido até hoje (pode inclusive simular uma conferência que possa vir a acontecer, por exemplo, uma COP-20!). Apesar do meu trabalho incrível na madrugada de ontem a noite para produzir esse discurso, eu não consegui apresentá-lo, por não ter conseguido comparecer na simulação. Enfim, a minha representação foi em um comitê da COP-15, onde eu representaria o Greenpeace naquela conferência. Decidi incorporar minha personagem como Morgan Geisler, colega de Severn Suzuki, aquela menina que calou o mundo no RIO-92. Apesar de ter intepretado uma outra pessoa nesse discurso, ele é exatamente o que eu diria na COP-15 se tivesse essa oportunidade. Aqui vai o discurso e o link da apresentação de Severn, para os que não conhecem:

http://www.youtube.com/watch?v=XOUzYAKWOWU

“Bom dia à todos. Meu nome é Morgan Geisler, sou integrante do Greenpeace desde 92, quando eu tinha 14 anos e, junto a Severn Susuki, participei do RIO-92. Os senhores devem se lembrar de Severn. Aquela famosa garota que calou o mundo com seu discurso na conferência em que foi assinado o Protocolo de Kyoto. Eu, Severn e nossos outros 2 colegas participamos daquela tentativa de poder fazer a diferença. Hoje eu volto representando eles e todos as 5 bilhões de pessoas que continuam na esperança de poderem ver um futuro melhor para o nosso mundo.

Aqui, vocês são os representantes de seus governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos; mas, na verdade, vocês são todos seres humanos que iram sofrer, de uma forma ou de outra, as conseqüências das nossas ações nesse mundo.

Aqui eu vejo vocês com todas as suas bandeiras e ternos, gravatas. Todo o seu ego de poder levantar a sua bandeira e dizer, “Eu sou tal país!”, ou então “Eu sou desenvolvido!” Para quê todas essas bandeiras? As mudanças climáticas já estão em progresso. Já pode-se se sentir os efeitos da poluição que se faz na China no outro lado mundo. Se pode sentir os efeitos dos EUA e dos ademais países desenvolvidos em toda parte do globo. O que se faz aqui se sente ali! Já passou da hora de vocês abaixarem as suas bandeiras patriotas que continuam limitando o progresso de algum acordo que nos salve do futuro que nos espera e levantarem uma só bandeira: a bandeira do planeta Terra, a bandeira da humanidade! Somos 5 bilhões de pessoas e, ao todo, somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo. Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade! Esses problemas atingem a todos nós e deveríamos agir como se fôssemos uma única nação rumo a um único objetivo.

Este é o pedaço de papel mais importante no mundo hoje. O acordo do clima que está sendo costurado aqui em Copenhague poderá colocar em risco a viabilidade de toda a nossa civilização. Um aumento de 3ºC na Terra significará a devastação na África, a escassez de água para até 3,2 bilhões de pessoas; risco de inundação costeira a cada ano, afetando 15 milhões de pessoas; perda de até 80% das florestas tropicais e de sua biodiversidade; aumento da mortalidade por ondas de calor, inundações e secas; subida do nível do mar devido ao derretimento de placas de gelo, no longo prazo; e o possível colapso de ecossistemas do qual dependem bilhões de humanos.

Citarei uma parte do discurso da Severn:

“Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções; mas, quero que saibam que vocês também não as têm.

Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio. Vocês não sabem como salvar os peixes das águas poluídas. Vocês não podem ressuscitar os animais extintos. E vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje há desertos. Se vocês não podem recuperar nada disso, por favor, parem de destruir!”

Esse discurso foi feito quando eu e Severn ainda éramos crianças, hoje vemos que nada mudou, mas que temos capacidade para mudar. Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a estas conferências e para quem vocês estão fazendo isso. O país não precisa ser qualificado ou desenvolvido para cuidar do Meio Ambiente. Se você não sujar, não vai precisar limpar! Vocês são divididos em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Mas um depende do outro, os senhores não percebem isso?! Não importa qual a solução que vocês acharem para a economia global. Mas pensem que é possível fazer economia com sustentabilidade. Não importa qual o custo disso! Há algo fundamentalmente errado em tratar a Terra como se fosse um negócio em liquidação! A natureza foi a fonte de toda riqueza que vocês tem hoje, mas ela também será a ruína de tudo que vocês construíram caso vocês não aprendam a usá-la racionalmente.

O mesmo tempo que se leva para degradar o planeta, gastamos para salvá-lo Vocês têm um dia apenas para reverter esse quadro, um dia para começar a urgente mudança que o mundo aclama, sob o risco de serem lembrados para sempre como as pessoas que enviaram o mundo e a humanidade ao caos! Pensem nisso. Mas pensem rápido, pois a humanidade pode até sentar e esperar, mas o mundo não vai esperará vocês.”

Thiago Meira Raydan, simulação de Morgan Geisler.

Espero que tenham gostado.





Entenda a COP-15

8 12 2009

COP-15, iniciada dia 07/12

A COP-15 em Copenhague

De 7 a 18 de dezembro, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.

O Protocolo de Quioto

Assinado em 1997 e ratificado em 2005, o Protocolo de Quioto estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, que historicamente contribuíram mais para a concentração desses gases na atmosfera. O acordo determina a redução em 5% das emissões, em relação aos níveis de 1990. O primeiro período de compromisso do protocolo termina em 2012. A reunião de Copenhague terá que definir os próximos passos do acordo climático global.

O que está em jogo

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), formado por 2,5 mil cientistas, afirma que a Terra já aqueceu cerca de 0,7 graus Celsius (ºC) desde a Revolução Industrial. O IPCC projetou cenários futuros que preveem o aquecimento do planeta em pelo menos 1,8°C até o fim deste século, dependendo das medidas tomadas pelos países para reduzir as emissões.

Metas x Compromissos voluntários

O Protocolo de Quioto prevê metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa para a União Europeia e mais 37 países industrializados. Os países em desenvolvimento, caso do Brasil, da China e Índia, não têm reduções obrigatórias. Metas obrigatórias para esses países não deverão entrar no texto que sairá da COP-15, mas essas nações serão cobradas a ter compromissos mensuráveis, reportáveis e verificáveis de redução de emissões em nível nacional.

Principais pontos da negociação

Além das novas metas e compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa para o período pós-Quioto, na COP-15 os países terão que negociar como será feita a transferência de tecnologia de países industrializados para que os países em desenvolvimento possam realizar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O financiamento dessas ações também não está definido. O Banco Mundial estima que sejam necessários pelo menos US$ 400 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento enfrentem as mudanças do clima.

A preservação de florestas para evitar emissões de gases de efeito estufa deve ser incluída no acordo, no mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, o Redd. É preciso definir como os países que mantêm a floresta em pé serão recompensados: por meio de um fundo com contribuições internacionais voluntárias, com a geração de créditos de carbono negociáveis no mercado ou com um mecanismo híbrido entre fundos e mercado.

Fonte: Info





Fala P.A.R.E.!

25 11 2009

Os membros do P.A.R.E.  e alunos do colégio Marista Dom Silvério, de Belo Horizonte, estarão presentes no evento promovido pelo Greenpeace de disponiblizar “orelhões itinerantes” nos grandes centros das cidades brasileiras para que a população possa mandar o seu recado para o presidente Lula e a Obama pedindo uma representação favorável ao meio-ambiente na reunião da ONU em Copenhague.

O evento foi divulgado no blog no dia 22/11 e pode ser visto no link:

https://patrulhambientalestudantil.wordpress.com/2009/11/22/alo-alo-presidente/

Confira a agenda do evento na sua cidade e participe do movimento! O planeta precisa de sua voz!





Média de emissões de CO2 do brasileiro é o dobro da mundial

25 11 2009

segundo a rede clima, o brasileiro emite, em m�ia, 10 toneladas de co2 por ano
Segundo a Rede Clima, o brasileiro emite, em média, 10 toneladas de CO2 por ano/Foto: Cíntia Barenho

Qual é a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que você emite anualmente na atmosfera? De acordo com dados da Rede-Clima, entidade vinculada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cada brasileiro é responsável pela emissão de 10 toneladas gás carbônico, em média, todos os anos – número duas vezes superior ao da média mundial. “Somos o país em desenvolvimento com a maior média mundial”, destacou o climatologista Carlos Nobre, um dos coordenadores da Rede-Clima.

Ele participou recentemente da comissão geral na Câmara dos Deputados, em Brasília, a fim de discutir assuntos referentes à 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-15), que será realizada de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague (Dinamarca). Atualmente, a meta é de que a média mundial de emissão de CO2 por indivíduo seja de 1,2 tonelada (ano) até 2050, com o objetivo de a temperatura mundial não aumentar mais de 2 graus Celsius (ºC) nesse período. “Ela já subiu 0,8ºC nos últimos 100 anos. Falta 1,2ºC. Já chegamos muito próximos do limite”, alertou Nobre.

a deputada rebeca garcia e o pesquisador do instituto nacional de pesquisas espaciais e representante do minist�io da ci�cia e tecnologia, carlos nobre, participam de reuni� da comiss� mista permanente sobre mudan�s clim�icas
A deputada Rebeca Garcia e o climatologista Carlos Nobre participam de reunião da Comissão Mista Permanente sobre mudanças climáticas/Foto: José Cruz/ABr

Para o diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, a estratégia brasileira para reduzir a emissão de gases de efeito estufa deve partir de dois pressupostos: a redução do desmatamento, principal fonte de emissões do país, e a utilização de uma matriz energética limpa. “Temos de buscar o abatimento das emissões que seja o mais barato. O Brasil tem condições de implantar mitigação de baixo custo. O combate ao desmatamento deve ser a decisão número um”, ressaltou.

Em entrevista concedida à Agência Brasil em 5 de novembro Fernandes defendeu que não havia a necessidade de o país apresentar uma meta de comprometimento para a redução das emissões de gases-estufa na COP-15. “Não houve discussão suficiente, principalmente com o setor privado, para o Brasil se envolver com uma meta mais geral”, alegou.

Na sexta-feira, 13, o governo brasileiro anunciou que pretende reduzir as emissões de gases-estufa do país de 36,1% a 38,9% até 2020. Estima-se que o setor industrial contribua com 8,8% do CO2 emitido no Brasil. O embaixador extraordinário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Sérgio Serra, informou que a meta brasileira de redução de gases de efeito estufa foi recebida com tranquilidade durante a pré-COP, realizada em Copenhague na segunda-feira, 16, e na terça-feira, 17.

*Via EcoDesenvolvimento.





Alô, alô presidente: vá para Copenhague salvar o clima do planeta!

22 11 2009

O Greenpeace  colocará um “orelhão itinerante” nas ruas de São Paulo e Salvador e incentivar a população a ligar para o gabinete da presidência e embaixada dos Estados Unidos no Brasil para pedir ao Lula e ao Obama para irem a Copenhague. A capital dinamarquesa sediará, entre os dias 7 a 18 de dezembro, a reunião da ONU onde será definido o acordo que limitará as emissões de gases de efeito estufa de todos os países, depois de 2012, quando expira o protocolo de Quioto. (Confira abaixo os locais e os horários). Em São Paulo e Salvador o orelhão funcionará de hoje (16/11) a quinta-feira (19/11).  Confira a programação.

Nas próximas semanas será a vez de Recife, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro. A população dessas cidades também será incentivada a pedir ao presidente Lula que se comprometa com o desmatamento zero, a proteção dos oceanos e o incentivo às energias renováveis.

Nas próximas semanas será a vez de Recife, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro. A população dessas cidades também será incentivada a pedir ao presidente Lula que se comprometa com o desmatamento zero, a proteção dos oceanos e o incentivo às energias renováveis.

Nas próximas semanas será a vez de Recife, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro. A população dessas cidades também será incentivada a pedir ao presidente Lula que se comprometa com o desmatamento zero, a proteção dos oceanos e o incentivo às energias renováveis.

Além disso, propõe que o governo brasileiro transforme pelo menos 30% do território costeiro-marinho do Brasil em áreas protegidas até 2020. Os oceanos são importantes reguladores climáticos, pois absorvem o CO2 – principal gás do efeito estufa – da atmosfera. Mantê-los saudáveis é essencial para garantir a continuidade desse serviço ambiental.

Fonte: Greenpeace





Obama e Jintao concordam com reduções

22 11 2009

Estados Unidos e China comunicam que pretendem pressionar, sim, para a elaboração de um acordo na conferência climática de Copenhague, em dezembro.

As duas maiores nações poluidoras do mundo, responsáveis por 40% das emissões do planeta, anunciaram objetivo de elaborar metas de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

O anúncio foi feito ontem por Barack Obama e pelo presidente chinês Hu Jintao. O comunicado vem em boa hora, após semanas conturbadas nas quais os líderes não sinalizavam a possibilidade de um acordo no próximo mês.

Segundo reportagem do The Guardian, Obama afirmou que o objetivo principal da conferência não é um acordo parcial ou declaração política, mas um algo que possa ser posto em prática imediatamente.

Os líderes emitiram um comunicado conjunto no qual diziam que os países participantes de Copenhague deveriam concordar com metas de redução de emissões para nações ricas e um plano de ação para diminuir emissões de gás carbônico em países em desenvolvimento.

O comunicado dizia ainda ser necessário aumentar a assistência financeira a países em pobres, promover o desenvolvimento da tecnologia, ajudar a adaptação de comunidades carentes e aumentar a proteção das florestas.

A ida de Barack Obama à China faz parte de uma viagem oficial de nove dias para quatro países asiáticos. –

*Via Info.