Mês passado noticiamos a proposta de uma renovação do Código Florestal elaborada por uma bancada ruralista e apresentada pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB). O novo código acabaria com a função social das propriedades rurais, concederia anistia sem critério para quem já desmatou e colocaria na mão do contribuinte a obrigação de pagar pela conservação ambiental.
Como se não bastasse, ela daria livre aval para que o fazendeiro fizesse o que bem lhe desse na telha nas terras que ocupa, reduziria dramaticamente a Reserva Legal, limitaria ainda mais as APP´s (Área de Preservação Permanente) e transferiria para mão dos estados – e até mesmo municípios – o poder de ditar regras locais, ao sabor de interesses políticos, sobre tudo que diz respeito a nossas florestas.
Absurdo, não? O pior de tudo? O CÓDIGO FOI APROVADO EM MAIORIA PELA COMISSÃO DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO E AGORA SEGUE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS.
Como Rafael Cruz, Coordenador da Campanha de Código Florestal disse:
“O projeto do Aldo Rebelo é o Código do desmatamento. Ele dá mil oportunidades para a derrubada de florestas, e de quebra entrega para Estados e Municípios um poder perigoso, que pode ser usado como barganha política, e que de forma alguma vai garantir a proteção do meio ambiente”
Um absurdo. O Greenpeace divulgou ainda os deputados que foram a favor e contra a aprovação do novo código. Aqui vai a lista:
Quem votou pelas mudanças no Código Florestal:
1. Anselmo de Jesus (PT-RO)
2. Homero Pereira (PR-MT)
3. Luis Carlos Heinze (PP-RS)
4. Moacir Micheletto (PMDB-PR)
5. Paulo Piau (PPS-MG)
6. Valdir Colatto (PMDB-SC)
7. Ernandes Amorim (PTB-RO)
8. Marcos Montes (DEM-MG)
9. Moreira Mendes (PPS-RO)
10. Duarte Nogueira (PSDB-SP)
11. Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
12. Reinhold Stephanes (PMDB-PR)
13. Eduardo Seabra (PTB-AP)
Quem votou contra as mudanças no Código Florestal:
1. Dr. Rosinha (PT-PR)
2. Ricardo Tripoli (PSDB-SP)
3. Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
4. Sarney Filho (PV-MA)
5. Ivan Valente (PSOL-SP)
Nesse ano eleitoral, além de acompanhar os caminhos do relatório, acompanhe também os caminhos dos deputados que votaram contra e à favor das mudanças floresticidas propostas por Aldo.